O Debate Sobre o Assistencialismo no Brasil
Nos últimos anos, a palavra assistencialismo se tornou central no debate político e econômico brasileiro. Programas sociais, como o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial, trouxeram alívio imediato para milhões de famílias em situação de vulnerabilidade.
Mas surge uma pergunta inquietante: até que ponto esse modelo é sustentável? A missionária Gina Yon já alertou:
“Quando metade da população fica sobre o encargo de sustentar a outra metade, por causa de uma ideologia de governo, o país estará fadado ao colapso econômico.”
Esse alerta nos leva a olhar para a história recente e observar na prática países que afundaram por depender demais do Estado.
5 Países que Colapsaram com o Modelo Assistencialista
1. Venezuela – O Paternalismo do Petróleo
A Venezuela viveu anos de bonança financiada pelo petróleo. Subsídios em quase tudo criaram a ilusão de prosperidade. Porém, quando o preço do barril caiu, o país mergulhou em hiperinflação, fome e migração em massa. O modelo paternalista se mostrou insustentável.
2. Cuba – Décadas de Dependência Estatal
Com o controle total do Estado sobre a economia, Cuba sobreviveu por décadas com ajuda externa. Sem competitividade e inovação, a ilha sofre com escassez crônica, baixa renda e falta de perspectivas para a juventude.
3. Grécia – O Colapso da Dívida
Na Europa, a Grécia colheu os frutos amargos de um Estado de bem-estar social sem equilíbrio fiscal. Aposentadorias precoces e benefícios generosos custaram caro. Resultado: quase faliu em 2010 e precisou ser socorrida pela União Europeia.
4. Argentina – A Crise Sem Fim
Nos nossos vizinhos argentinos, os subsídios viraram moeda política. Hoje, o país enfrenta inflação superior a 100% ao ano, sucessivas quebras da moeda e fuga de investidores. O populismo corroeu a economia.
5. Zimbábue – A Hiperinflação Histórica
Após políticas populistas e distribuição sem base produtiva, o Zimbábue registrou a maior hiperinflação da história moderna, com notas de trilhões que não compravam sequer um pão. Até hoje, a população depende de ajuda externa.
Onde o Brasil se Encaixa Nesse Cenário?
O Brasil ainda não está no nível desses países, mas apresenta sinais de alerta:
- Carga tributária altíssima que sufoca a classe média.
- Grande informalidade (quase 40% dos trabalhadores).
- Programas assistenciais que, em vez de serem portas de saída, acabam se tornando armadilhas de dependência.
- Uso político do assistencialismo em períodos eleitorais.
Se nada mudar, o país pode repetir a trajetória de nossos vizinhos sul-americanos.
O Caminho da Sustentabilidade
O assistencialismo não precisa ser um vilão. Ele pode ser um instrumento de justiça social se vier acompanhado de:
- Investimento em educação de qualidade.
- Políticas que incentivem o empreendedorismo e o emprego formal.
- Reforma tributária que alivie quem produz e consome.
- Programas sociais com foco em autonomia e não dependência.
Conclusão
A história mostra que nenhum país consegue prosperar sustentando indefinidamente uma população dependente do Estado. O Brasil tem uma escolha diante de si: seguir pelo caminho do populismo assistencialista rumo ao colapso, ou transformar os programas sociais em ferramentas de emancipação.
A decisão de hoje vai definir se seremos mais parecidos com Venezuela e Argentina, ou se teremos coragem de trilhar um caminho de crescimento sustentável e digno para todos.
